segunda-feira, 13 de outubro de 2008

INAUGURAÇÃO DA EXPOSIÇÃO “A Magia do Vinil”

Teve lugar no passado sábado, dia 11 de Outubro, na Oficina de Cultura a cerimónia de inauguração da Exposição.
Pelas 17H00 foi aberta a porta da Oficina e logo de seguida largas dezenas de amantes da música e saudosistas de um passado ainda recente, começaram a afluir.
Apraz-nos registar a espectacular afluência que a Exposição registou.
Na cerimónia usou da palavra o Presidente da AAAEEN, João Aldeia, o qual fez uma ligeira apresentação e introduziu o s restantes oradores.
De seguida falou o Jorge Fialho, membro da Direcção da AAAEEN, o qual historiou a Exposição, o modo como ela nasceu e finalmente a sua concretização.
De seguida usou da palavra a Presidente do Conselho Executivo da Escola Emídio Navarro, Profª. Luísa Beato , a qual deixou algumas palavras de apreço pela iniciativo dos antigos alunos e falou sobre a nova Escola que vai começar nascer a partir do próximo ano.
Por fim, usou da palavra o representante da CMA, Dr. Luís Pargana, o qual fez um retrato do que foi erguer esta exposição.
Finalmente o José António Santos, o coleccionador, fez uma visita guiada pela exposição, a qual foi extremamente útil .
Depois de um beberete, a exposição continuou patente ao público, até às 22H00, sempre com uma afluência acima da média.

Agora a Exposição continuará ao dispor da população, até ao dia 31 de Otubro, de quarta-feira até Domingo, das 14H30 ás 19H00 e das 20H00 às 22H00, nas instalações da Oficina da Cultura.
Aproveite e descubra os discos da sua geração, ou então veja como os discos de vinil, para além da música, eram também arte.

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

EXPOSIÇÃO DE DISCOS DE VINIL ( 1955 -1975 )

EXPOSIÇÃO DE DISCOS DE VINIL ( 1955 -1975 )
Oficina de Cultura - Almada
11 a 31 de Outubro de 2008
A MAGIA DO VINIL

Inauguração no dia 11 de Outubro de 2008 pelas 17H00

Realiza-se em Almada a primeira grande exposição do disco de vinil, onde se mostra 20 anos (de 1955 a 1975) da evolução da música, neste caso da música dita popular.
Nela estarão presentes alguns dos principais discos – LP e 45 RPM (singles e EP’s) – que marcaram cada época e cada género. Desde o rock de 50 aos blues, do folk ao pop, de Dylan aos Beatles e aos Stones, do psicadelismo ao progressivo e aos anos 70, do soul ao jazz, da música francesa à música portuguesa e brasileira, de Brel a José Afonso, de Amália a Jobim e Chico Buarque, etc. Também o rock feito na época em Portugal e o rock feito em Almada, onde se podem admirar algumas das bandas e músicos mais proeminentes do concelho.
E depois há a beleza das capas, o design e a qualidade estética que marcaram uma época; e a imprensa da altura, as revistas, os cartazes, as fotos, os posters e os aparelhos reprodutores.
A Magia do Vinil é uma exposição a não perder, uma viagem no tempo, uma oportunidade única para deixar fluir a surpresa, a alegria e a emoção, tratando-se, como se trata, de uma parte marcante da nossa memória colectiva.

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

ROCK EM PORTUGAL - ROCK EM ALMADA

O rock em Portugal na década de 60 esteve condicionado pelas debilidades estruturais do país e pelas difíceis condições de produção. Apesar de tudo, houve algumas boas iniciativas que não tiveram continuidade porque o serviço militar e a guerra em África faziam, de uma ou doutra maneira, abortar todos os projectos.
Há uma verdadeira eclosão de bandas em meados de 60. Os destaques vão para os Sheiks, os Ekos e o Quarteto 1111. Qualquer um deles gravou vários 45 rotações de nível bastante aceitável, daqueles que não envergonham quando comparados com outros de países que não a Inglaterra e os Estados Unidos. Em 70 aparece o álbum 'Mestre' dos Petrus Castrus e é ainda em meados de 70 que se estreia Jorge Palma, um nome que irá ter influência nas gerações seguintes.
Em Almada, o destaque primeiro vai para os Dakotas e os Guitarras de Fogo. Nos Dakotas pontificavam Luís Paulino, José Eduardo (vulgo Zé Nabo) e Zé da Cadela. Os dois primeiros integrarão mais tarde os Ekos, com os quais gravarão dois EP's. Zé da Cadela, por muitos considerado um dos melhores bateristas portugueses, tocará com diversos músicos, entre os quais José Mário Branco e gravará com os Objectivo alguns discos, onde reencontrará José Eduardo. Tocará também, como músico de estúdio, em imensos discos, sendo de realçar o LP da Filarmónica Fraude. Fez ainda parte dos Kama Sutra, que agrupava um naipe de bons músicos almadenses.
Os Guitarras de Fogo foram os únicos a gravar um EP em 60. Calcorrearam o país em concertos (a certa altura também Zé Nabo e Luís Paulino integraram o grupo). Zé Lourenço e Cª ainda mantêm o grupo em actividade a dar concertos por esse país fora.
Em Almada, além dos Dakotas e dos Guitarras de Fogo, há que lembrar ainda os Falcões, os Sensations e os Ogiva.
É de salientar a importância e pioneirismo, a nível nacional, do Festival da Juventude de Almada, que se realizou desde 1970. O ponto alto desta iniciativa ocorreu com a IV edição, em 9 de Julho de 1974, com a participação de uma das principais bandas inglesas, os Atomic Rooster.
O já referido Kama Sutra terá grande protagonismo nos anos 70, tendo sido uma das estrelas do III Festival da Juventude, em 1973. Dele farão parte um excelente naipe de músicos almadenses, como Gino, Jaime, Barata e Zé da Cadela. É de lembrar o célebre concerto dos Atomic Rooster na Cova da Piedade no qual actuaram na primeira parte.
O sempre presente Zé Nabo, além de músico de estúdio, participou em diversos projectos, dos quais é de realçar o grupo Salada de Frutas. E há o Jorge Fialho, que gravou alguns discos em Inglaterra, o que é, por si só, um feito assinalável.
Uma segunda leva trará os agora célebres UHF e Xutos e Pontapés. E também os Rock & Varius (de Jorge Loução e Gramaço) e os Iodo. Esta segunda leva é responsável por um enorme incremento da actividade musical em Almada, que se traduziu no aparecimento de numerosas bandas nos anos 80 e 90, entre as quais os Da Weasel. Mas esta é uma história já conhecida

terça-feira, 30 de setembro de 2008

MÚSICA EM PORTUGUES

Na música portuguesa o fado ocupou um lugar central e Amália era - e ainda é - a sua voz. A voz conhecida e apreciada em todo o mundo. A sua importância não tem paralelo no fado. Mas também há Marceneiro, Maria Tereza de Noronha, Carlos Ramos e Carlos do Carmo.
O fado de Coimbra conhecerá um incremento em princípio de 60 com a chegada de novas vozes: José Afonso, Luiz Góis, Adriano Correia de Oliveira.
José Afonso afasta-se progressivamente da balada coimbrã e relança a sua carreira em 67 com o lançamento do LP 'Cantares do Andarilho', que é um marco histórico na música portuguesa. Continuará a editar discos fundamentais, entre os quais avulta 'Cantigas do Maio' de 1971.
Outros o seguirão: José Mário Branco, Sérgio Godinho, Adriano Correia de Oliveira, Fausto e Vitorino. Mais tarde, aparecerão os Trovante.
Num registo diferente, influenciado pelas recolhas de Lopes Graça e Giacometti, há que lembrar a Filarmónica Fraude e a Banda do Casaco.
E há Carlos Paredes, uma figura absolutamente singular no panorama musical português.

No Brasil, o movimento da Bossa Nova revelou António Carlos Jobim, entre outros. Ele é a figura principal da música brasileira. Em meados de 60 estreia-se Chico Buarque, que depois de Jobim é a figura de maior relevo do panorama musical do Brasil. Seguem-se, entre outros, Elis Regina, Milton Nascimento, Alceu Valença. Caetano Veloso e Gilberto Gil protagonizaram o movimento Tropicalista, um ecletismo musical que associava e fundia tudo, desde o Choro, o Samba e a Bossa Nova até Roberto Carlos e o pop/rock no seu conjunto

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

MUSICA FRANCESA - MUSICA LATINA

A diva da canção francesa é Edith Piaf. Piaf influenciou todos os que se lhe seguiram. Mas a figura canónica da música de língua francesa é Jacques Brel, um belga que fez a sua carreira em França. Brel influenciou tudo, incluindo numerosos autores ingleses e americanos. As suas canções estão traduzidas para imensas línguas e existem dezenas de versões das mesmas. Scott Walker venera-o tanto que lhe dedicou um disco inteiramente preenchido com canções suas.
Na canção francesa merecem destaque Georges Brassens, Leo Ferré, Jean Ferrat e Serge Gainsbourg. Destes, o mais original e importante é Brassens. Entre a chanson e o pop existem dois nomes que editaram alguma boa música em 60 e que tiveram um imenso êxito em Portugal: Gilbert Bécaud e Charles Aznavour.
A pop francesa teve em 60 uma elevada qualidade. Michel Polnareff, Françoise Hardy e Jacques Dutronc e ainda Adamo, Nino Ferrer e Antoine são os principais protagonistas. Sylvie Vartan e Johnny Halliday foram duas figuras que à época tiveram grande êxito.
Em Itália destacou-se Rita Pavone, que cantava canções de Nino Rota,
autor das bandas sonoras dos filmes de Fellini.
Em Espanha, há que referir em primeiro lugar Paco Ibañez, um grande compositor. Joan Manoel Serrat, o grupo Aguaviva, Luis Lach e Maria del Mar Bonet são nomes importantes de 60 e 70.

sábado, 27 de setembro de 2008

OS ANOS 70

O clima que se respira na sociedade em princípios de 70 é de algum desencanto, apesar das profundas transformações que a mesma sofreu. A pouco e pouco, o status quo foi ocupando o seu lugar e o enorme consumo de drogas tinha ceifado muitas vidas. Muitos tinham chegado exaustos ao fim da década, tal tinha sido a sua alucinante actividade e produtividade, e alguns mostravam excessiva dependência das drogas, o que se reflectia na sua criatividade.
Novas correntes e novos nomes surgem na ribalta. O chamado 'rock progressivo' - grande predominância das teclas e sintetizadores, longas passagens instrumentais e elevada execução técnica - é um dos que primeiro se afirma com grande impacto, sobretudo na Europa. Os Pink Floyd, já sem Syd Barrett, serão dos primeiros a aderir e a influenciar a nova corrente com os seus álbuns. Produzirão dois discos marcantes em 70: 'Dark Side of the Moon' e 'Whish You Were Here', este último dedicado a Barrett. Mas a banda que manterá uma constância de qualidade durante a década será King Crimson. Outras bandas, embora de qualidade desigual, editarão alguns discos fundamentais do género: Genesis, Gentle Giant, Van der Graaf Generator, Yes, Jethro Tull, Emerson, Lake & Palmer, Family, para citar algumas.
O hard rock, outra corrente que se afirmará de forma retumbante, tem em Led Zepellin e Deep Purple as suas figuras de topo.
Nos Estados Unidos, o country rock atrai numerosos músicos influenciados por Crosby, Stills & Nash e Gram Parsons dos Flying Burrito Brothers.
Uma tendência que surge ainda em finais de 60 é o chamado rock de fusão, largamente influenciado pelo jazz. Soft Machine, Gong, Henry Cow e IF são os representantes destacados na Europa. Chicago e Blood, Sweat & Tears nos Estados Unidos. O grupo Santana produzirá uma música de fusão com elementos da música latina. O LP Abraxas lançado em 1970 será um êxito colossal.
No pop em Inglaterra afirmam-se os Roxy Music de Brian Ferry, um dos grandes compositores de 70. Sem esquecer o já mencionado Bowie e T.Rex. A banda pop por excelência nos Estados Unidos serão os Credence Clearwater Revival, que tomarão de assalto as tabelas de vendas.
Na Grã Bretanha há um forte revivalismo folk devido à influência dos Fairport Convention, de Sandy Denny e dos Steeleye Span.
Uma das tendências mais criativas é a do chamado Krautrock, vulgo rock alemão, como é conhecido, visto os seus grupos serem predominantemente alemães. É um rock ecléctico, experimental, por vezes electrónico. Faust, Can, Amon Duul e Kraftwerk são alguns dos mentores.
Não se devem esquecer os Residents, uns americanos que fazem uma música próxima da electrónica e é igualmente de assinalar a música dita ambiental que tem em Brian Eno a sua primeira figura.
Todas estas correntes - ou quase todas - rapidamente entraram em declínio. Em meados de 70, com o advento do disco sound, reinava na cena musical um enorme marasmo.

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

JAZZ

O jazz evoluiu nos seus primórdios graças ao talento dos seus instrumentistas, nomeadamente de alguns pianistas e saxofonistas. Um dos mais influentes e inovadores, compositor dotado e exímio pianista, foi Duke Ellington. O seu contributo para a evolução do jazz é inestimável.
As grandes mudanças na evolução das formas do jazz começarão em meados de 40 com Charlie Parker e o movimento Bop. Em 50 aparecerá o cool e Miles Davis. Este passará por diversas metamorfoses estilísticas até atingir o zénite com 'Bitches Brew' em 1970. Thelonious Monk - autor de 'Round Midnight', um dos melhores standard do jazz moderno -, Charles Mingus e o Modern Jazz Quartet, entre outros, afirmar-se-ão, dando um cunho decisivamente moderno ao jazz.
Estava, no entanto, ainda para vir a mais profunda revolução no jazz moderno: o free jazz, que terá em Ornette Coleman, John Coltrane, Albert Ayler, Cecil Taylor e Sun Ra as suas figuras mais destacadas. Destes, é porventura John Coltrane quem, com a sua criatividade inovadora, mais profundamente marcou o seu tempo e é por muitos considerado o maior génio musical do jazz.
Nos anos 70, entre outras figuras, destacam-se o saxofonista Anthony Braxton, o Art Ensemble of Chicago e o pianista Keith Jarrett, autor do famoso disco 'Koln Concerts'.

SINGER/SONGWRITERS - CANTORES/AUTORES

A constelação dos chamados singer/songwriters floresceu sob a égide de Dylan e produziu alguns dos maiores talentos do nosso tempo. Tim Buckley, Joni Mitchell, Nick Drake, Lou Reed ou David Bowie são alguns. Não podemos evidentemente esquecer Lennon pelo facto da sua principal produção ter sido elaborada na época Beatles, pois ele é, sem sombra de dúvida, um dos mais influentes e produziu mesmo em nome individual alguns discos de grande fulgor.
Entre os que se destacaram, houve quem mantivesse uma constância de qualidade, como Paul Simon, Leonard Cohen, Donovan, Roy Harper, Sandy Denny, Scott Walker ou Neil Young. E quem tenha feito um ou mais discos de excelente nível e depois discos medianamente medíocres, como foi o caso de Cat Stevens e Elton John, sendo este último o caso mais extremo. Perante a péssima qualidade dos seus discos a partir de 73, poucos sabem que ele produziu discos como 'Elton John', o seu primeiro álbum e um dos melhores de 1970.
É fundamental lembrar nomes como Phil Ochs e David Ackles, dois dos melhores autores americanos, embora pouco conhecidos; Laura Nyro, John Cale e Robert Wyatt, este último autor de 'Rock Bottom', um dos discos seminais de 70. Mais recentemente, revelou-se Bruce Springsteen, que lançou alguns discos genuínos e marcantes em 70.

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

OS 45 RPM

Os 45 RPM são os discos de 7" que apareciam sob a forma de EP (4 faixas, duas de cada lado) ou Single (duas faixas, uma de cada lado).
Até meados de 60, este formato era o mais vendido. Não era assim no clássico e no jazz, onde por razões lógicas o LP era o formato mais procurado. O LP foi progressivamente tendo vendas similares às dos singles e EP's. A dinâmica da transformação económica assim o permitiu. Em Portugal, no entanto, dados os condicionalismos existentes, os formatos de 45 rotações continuaram a ser os mais vendidos. Estes apareciam no mercado sob duas formas: os editados localmente, como os dos Beatles e Stones, e os editados no estrangeiro, nomeadamente os editados em Inglaterra e em França.

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

O PSICADELISMO

O psicadelismo teve a sua origem nos “acid tests”, em S. Francisco, verdadeiros “happenings mulsidensoriais”, festas onde se tomava droga, onde se projectavam imagens exuberantemente coloridas, e onde a música, meio improvisada e levada até ao limite de solos muito longos, contribuía para a sensação de “felicidade” e “amor universal” que foi teorizada pelo movimento hippie. Uma das bandas pioneiras deste movimento foram os Warlocks, mais tarde rebaptizados como Grateful Dead, e os concertos chegaram a ter dimensões épicas nas famosas salas de Avalon Ballroom, Fillmore Auditorium e Fillmore West, de S. Francisco, que atraíram as grandes estrelas de ambos os lados do Atlântico.
Associado a estes concertos e através dos respectivos cartazes nasceu a estética psicadélica. A legibilidade das letras era menorizada através de formas e letras fluidas e distorcidas que ocupavam todo o espaço dos cartazes; os padrões fluidos reflectiam o som e os estados alterados da mente por influência dos alucinogéneos. Outros elementos visuais integrados pelo psicadelismo eram as imagens da América “primitiva” (índios) e o imaginário vitoriano.
Em Inglaterra, os Beatles fizeram 'Tomorrow Never Knows' de 'Revolver' (66) , 'I Am the Walrus' (67) e os Stones gravaram em 67 o álbum 'Their Satanic Majesties Request' como resposta ao 'Sargent Peppers...' dos Beatles. É de realçar, no entanto, o papel preponderante que tiveram Jimi Hendrix e o Pink Floyd de Syd Barrett. Juntaram-se-lhes Yardbirds, Pretty Things, Small Faces e Traffic; mais tarde apareceram os Tomorrow, The Smoke, July, Spooky Tooth, Creation, Deviants, Arthur Brown, entre muitos outros.
Nos Estados Unidos, surgiram primeiro as 'garage bands' - literalmente bandas de garagem - que gravaram discos influenciados pelos grupos ingleses, como os Them ou os Who. Mas logo surgiram os seminais Seeds, Thirteen Floor Elevators e Electric Prunes; uma segunda linha com Blues Magoos, Strawberry Alarm Clock e Pearls Before Swine, entre outros. Entretanto apareceram as bandas da costa oeste como os Moby Grape e os Grateful Dead. Frank Zappa e os Mothers of Invention e Captain Beefheart produzirão alguma da melhor e mais incompreendida música desta época. Mas a banda seminal é Velvet Underground (de Lou Reed e John Cale), cujo primeiro álbum 'Velvet Underground & Nico' - o famoso álbum da banana - , produzido por Andy Warhol, é hoje considerado um dos mais importantes e influentes de sempre.

domingo, 21 de setembro de 2008

A MÚSICA SOUL

A música soul desabrochou em meados de 60 em todo o seu esplendor . Consistia na fusão do rhythm 'n' blues com o pop e o rock. A sua primeira grande influência é Ray Charles e depois James Brown, com a sua sonoridade mais funky e dançável.
Há o som das etiquetas Stax/Atantic, cujos principais nomes são Otis Redding, Aretha Franklin, Wilson Pickett e Isaac Hayes, que são, digamos, o genuíno soul. E há o som mais pop da etiqueta Tamla-Motown, que produzirá algumas das melhores canções do género. Four Tops, Supremes, Temptations, Stevie Wonder, Smokie Robinson e Marvin Gaye são os principais nomes da constelação Motown.

sábado, 20 de setembro de 2008

O POP AMERICANO

A primeira banda pop ao estilo dos Beatles são os Beach Boys, que produzem dezenas de hits ao longo da década. O compositor Brian Wilson, autor da quase totalidade das canções, é a força criativa do grupo e a sua influência ainda hoje se faz sentir. 'Pet Sounds', o àlbum de 66 é considerado um dos melhores de sempre.
Em 65 apareceram Simon & Garfunkel, os Lovin' Spoonful e os Byrds, estes últimos grandes divulgadores das canções de Dylan. Depois vieram os Turtles, os Mama's & the Papa's, os Love, cujo 'Forever Changes' é um dos discos intemporais da música pop. Há uma verdadeira explosão em meados de 60. Entre muitos, contam-se os Doors, Jefferson Airplane, Buffalo Springfield, Janis Joplin, Country Joe & the Fish e The Band, que tocarão com Dylan. Não voltaria a haver um perí¬odo tão diverso, criativo e fecundo como o que vai de 65 a 69.

segunda-feira, 14 de julho de 2008

O POP EM INGLATERRA

Os grupos pop ingleses de 60 nasceram todos sob a influência do rock'n'roll e da música negra americana. No princí¬pio de 60 havia os Shadows, que produziam uma música instrumental muito em voga na época. Mas é principalmente com a influência dos Beatles - e mais tarde de Dylan - que começaram a florescer as bandas pop.
A seguir aos Beatles e aos Stones, o grupo mais importante são os Kinks. Entre as bandas mais proeminentes, contam-se: Animals, Small Faces, Who, Yarbirds, Them, Spencer Davis Group, Troggs, Walker Brothers, Manfred Mann, Pretty Things, Searchers, Hollies, The Move, Moody Blues, Bee Gees, Traffic, Cream, Procol Harum, Zombies, para mencionar apenas algumas. Cada uma destas bandas produziu um lote de canções que entraram na nossa memória colectiva e que de um modo ou de outro marcaram as nossas vidas. Muitas delas, apesar da erosão do tempo, fazem e farão parte do património cultural nosso e da humanidade.

sexta-feira, 16 de maio de 2008

EXPOSIÇÃO

Foi-nos comunicada pelos serviços da C.M.A. uma nova data para a exposição "A Magia do vinil" .
Sendo assim a nova data será entre os dias 11 e 31 de Outubro de 2008, o que significa um alargamento do periodo inicialmente previsto.
Pensamos que este alargamento de datas irá propiciar a que mais pessoas vejam a magia dos discos de vinil no seu melhor.
O local continuará a ser o mesmo, a Oficina de Cultura da Camara Municipal de Almada.

BEATLES

Os Stones sempre tiveram uma sonoridade mais próxima dos blues e os Beatles mais pop. No entanto, foram os Beatles quem, a partir de 65 com o àlbum 'Rubber Soul', depois com 'Revolver' (66), 'Sargent Peppers...' (67) e 'The Beatles' (àlbum branco) de 68 marcou o ritmo e definiu os parâmetros do pop-rock, em sentido restrito, e de tudo ao fim e ao cabo, em sentido geral. Para esta performamce de grande qualidade contribuiu muito o papel desempenhado pelo produtor George Martin. Os Stones a certa altura pareciam ter perdido o norte, mas com a mudança de produtor(Jimmy Miller) conseguiram retomar padrões de qualidade ao seu melhor nível e produzir os seus melhores discos: 'Beggars Banquet' (68) e 'Let it Bleed' (69).

quinta-feira, 17 de abril de 2008

BOB DYLAN

BOB DYLAN
Apesar do som folk dos seus primeiros discos, Dylan incorpora já outras sonoridades, entre as quais os blues. As suas letras estão nos antípodas de tudo feito até então. Ele transformou a forma tradicional da canção.
Com a assunção, em meados de 60, da mudança para sonoridades eléctricas e com o recurso nas suas letras a imagens desconcertantes e surrealistas, Dylan elevou a um nível superlativo as suas canções. São desse período os seus discos mais importantes. 'Subterran homesick blues'(65), 'Highway 61 revisited'(65) e 'Blonde on blonde' (66) formam uma trilogia que influenciou toda a música rock e demais. 'Like a rolling stone', a faixa do àlbum 'Highway 61 revisited', influenciou tudo e todos. As versões das suas canções deste período contam-se às centenas.

quinta-feira, 3 de abril de 2008

Os anos 50

1. ANOS 50
Em meados de 50 o panorama musical nos Estados Unidos era dominado por Sinatra e outros crooners, algumas estrelas da Broadway e do cinema, músicos do country como Roy Acuff, Hank Williams ou Johnny Cash. O folk aparecia já e destacavam-se Woody Guthrie e Pete Seeger. Havia também as cantoras de jazz como Billie Holiday ou Ella Fitzgerald.
Os cantores de blues tinham um público essencialmente negro e merecem destaque o blues rural de Robert Johnson, o canto no feminino de Bessie Smith, os blues urbanos de Muddy Waters e B.B. King, entre tantos outros evidentemente. Eles irão ter uma influência absolutamente decisva em Bob Dylan, em todos os grupos ingleses, a bem dizer, incluíndo os Beatles; e, mais tarde, nos grupos americanos que surgem em meados de 60. Havia já, por outro lado, uma música a que se chamava rhythm 'n' blues - um blues acelerado -, que tinha nomes como Chuck Berry e Bo Diddley, entre outros, que terá uma influência fundamental na extruturação do rock 'n' roll. Surgem então Elvis Presley e Roy Orbison que gravam os primeiros discos para a etiqueta SUN, pioneira do rock. Aparecem depois Gene Vincent, Buddy Holly e dezenas de outros. Entre eles, está Bill Halley e o seu 'Rock around the clock' que é uma das marcas emblemáticas do início do rock.

sábado, 15 de março de 2008

Preâmbulo

O fim da segunda guerra mundial abriu caminho a um desenvolvimento económico, político, social e cultural sem precedentes na sociedade. É neste contexto que irá surgir, em meados de 50 nos Estados Unidos, um movimento designado por rock'n' roll - uma mistura de elementos do country e do rhythm 'n' blues -, cuja principal voz será a de Elvis Presley, e que, por sua vez, está na origem da eclosão do movimento iniciado em Inglaterra e nos Estados Unidos em princípios de 60, cujos principais mentores serão Bob Dylan e os Beatles, e que irá produzir uma verdadeira revolução não apenas musical mas igualmente no plano das mentalidades.
É com o advento do rock em meados de 50 que começou a massificação da venda do disco de vinil, depois ampliada em 60. No princípio de 60 aparece o stereo e os reprodutores - os gira-discos - tornam-se mais sofisticados. Emerge uma poderosa indústria da qual o elemento nuclear é o disco de vinil. A música entrou no nosso quotidiano já não apenas através da rádio mas também através do disco de vinil, que tem os formatos de LP e EP ou Single.

domingo, 24 de fevereiro de 2008

Cartaz da exposição

Este é o cartaz que nós tínhamos concebido para a exposição que deveria ter ocorrido no ano passado , e que salvo qualquer motivo de força maior, será o cartaz da exposição a realizar em 18 de Outubro de 2008.


sábado, 23 de fevereiro de 2008

Exposição de discos de vinil

Grande exposição de discos de vinil

Vai realizar-se em Almada entre 18 e 31 de Outubro de 2008, na Oficina da Cultura , a primeira grande exposição do disco de vinil, onde se mostra 20 anos (de 1955 a 1975) da evolução da música, neste caso da música dita popular.

Nela estarão presentes alguns dos principais discos – LP e 45 RPM (singles e EP’s) – que marcaram cada época e cada género. Desde o rock de 50 aos blues, do folk ao pop, de Dylan aos Beatles e aos Stones, do psicadelismo ao progressivo e aos anos 70, do soul ao jazz, da música francesa à música portuguesa e brasileira, de Brel a José Afonso, de Amália a Jobim e Chico Buarque, etc. Também o rock feito na época em Portugal e o rock feito em Almada, onde se podem admirar algumas das bandas e músicos mais proeminentes do concelho.

E depois há a beleza das capas, o design e a qualidade estética que marcaram uma época; e a imprensa da altura, as revistas, os cartazes, as fotos, os posters e os aparelhos reprodutores.

A Magia do Vinil é uma exposição a não perder, uma viagem no tempo, uma oportunidade única para deixar fluir a surpresa, a alegria e a emoção, tratando-se, como se trata, de uma parte marcante da nossa memória colectiva.



Esta mostra estava prevista para os dias de 26 de Maio a 3 de Junho de 2007, depois passou para 17 a 25 de Novembro, e agora salvo qualquer imprevisto, a data marcada é de 18 a 31 de Outubro de 2008.

A organização é da Associação de Antigos Alunos da Escola Emidio Navarro de Almada, com a colaboração da Camara Municipal de Almada.